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MUDANÇA SOBRE A PORTA ABERTA 1 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 12-04-2015

"Eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta". Apocalipse 3:8

Os primeiros guardadores do sábado eram adventistas da “porta fechada”. Miller tirou a expressão “porta fechada” de Mateus 25:10, para referir-se ao fim do tempo da graça, antes da chegada do Noivo. Outra forma de expressar é dizer que Miller acreditava que todas as pessoas já terão tomado uma decisão a favor ou contra Jesus antes de Sua segunda vinda e que não haverá uma segunda chance após esse acontecimento. Trata-se de um ensino bíblico sensato.


Entretanto, a concepção de Miller acerca da porta fechada tinha um problema embutido. Ele havia relacionado o segundo advento ao fim das 2.300 tardes e manhãs de Daniel 8:14. Portanto, cria que, no final de 1844, a porta da graça havia se fechado, no dia 22 de outubro, e, por isso, a obra de pregar o evangelho aos pecadores terminara. Assim, mais nenhum pecador se converteria.


Todos os primeiros adventistas guardadores do sábado, sem exceção, acreditavam na ideia da porta fechada. Contudo, conforme vimos anteriormente, o estudo da Bíblia logo os levou a concluir que a purificação do santuário não era o segundo advento, mas estava ligada ao ministério de Cristo no santuário celestial.


Naquele momento, eles se viram tentando sustentar uma teologia que não se encaixava mais. Haviam mudado a interpretação da purificação do santuário, porém não reinterpretaram o instante do fechamento da porta. No entanto, a transformação de uma crença exigia a mudança da outra, mas tal ideia não ficou clara de imediato para os guardadores do sábado.


Foi só no início dos anos 1850 que eles chegaram a uma posição harmônica sobre o assunto. Entretanto, a mudança não ocorreu a princípio por terem percebido que erraram. Em vez disso, enfrentaram outro problema que não se resolvia. Quer gostassem quer não, continuavam a receber conversos que não haviam passado pela experiência milerita. A princípio, pensaram que deveriam se recusar a batizá-los. Isso aconteceu com Joseph H. Waggoner, que mais tarde se tornou um líder ministerial dos adventistas do sétimo dia.


Foi a realidade desses conversos que levou os guardadores do sábado de volta à Bíblia para reestudar o assunto. No fim de 1851, perceberam o erro cometido. O resultado foi a conclusão de que verdadeiramente a porta da graça se fecharia antes do advento, mas que tal evento ainda estava por ocorrer. Esse insight abriu as portas para que a mensagem fosse espalhada a todos.


É realmente bom saber que Deus nos guia mesmo em meio a nossas confusões!

George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 16 Daniel - O Estabelecimento do Reino Eterno de Cristo

ALTERNATIVA À MARCAÇÃO DE DATAS 2 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 11-04-2015

Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes. Mateus 25:40

Como ser um adventista fiel? Essa é a pergunta crucial. Os discípulos e os primeiros cristãos, como muitos de nós atualmente, queriam passar o tempo todo em empolgação emocional. No entanto, Jesus procurou direcionar a atenção deles a uma esfera mais sóbria do viver cristão no mundo cotidiano.

Ontem encerramos com a parábola das ovelhas e dos cabritos, em Mateus 25:31-46. Ellen White compreendeu o sentido das palavras de Cristo ao escrever: “Assim descreveu Cristo aos discípulos, no monte das Oliveiras, as cenas do grande dia do juízo. E apresentou sua decisão como girando em torno de um ponto. Quando as nações se reunirem diante dEle, não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por Ele na pessoa dos pobres e sofredores. […] Aqueles que Cristo louva no juízo, talvez tenham conhecido pouco de teologia, mas nutriram Seus princípios. Mediante a influência do divino Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam. Mesmo entre os gentios existem pessoas que têm cultivado o espírito de bondade; antes de lhes haverem caído aos ouvidos as palavras de vida, acolheram com simpatia os missionários, servindo-os mesmo com perigo da própria vida. Há, entre os gentios, pessoas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testificam que o Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus” (DTN, p. 637, 638).


O Espírito Santo tem tocado seu coração? Onde está seu foco como adventista? Na empolgação do último pregador que convence a igreja da proximidade do advento? Ou no “dever presente” enquanto aguardamos tal acontecimento?


Devo admitir que, por definição, a empolgação é mais cativante; porém, o “dever presente” é mais cristão.


De acordo com Jesus, o verdadeiro adventista não é aquele que só consegue pensar em como a vinda de Cristo está próxima, mas, sim, aquele que vive o amor de Deus enquanto espera, aguarda e vigia a chegada desse dia.


Hoje, meu amigo, Jesus quer que cada um de nós dedique mais uma vez a própria vida à missão de ser cristãos neste mundo, enquanto aguardamos o vindouro.


George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 15 Daniel - Um Tempo de Angústia sem Precedentes

ALTERNATIVA À MARCAÇÃO DE DATAS 1 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 10-04-2015

"Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Mateus 25:21


Em Mateus 24 e 25, há um sermão estranho! Encontramos os discípulos perguntando a Cristo sobre a destruição do templo e pedindo um sinal de Seu retorno e do fim de todas as coisas. Sendo bem claro, preciso dizer que a resposta de Jesus deve ter sido frustrante. Para começar, Ele alistou uma série de “sinais” que ocorrem em todas as eras, como guerras, terremotos e fomes; em seguida, prosseguiu afirmando que “ainda não é o fim”, “porém tudo isto é o princípio das dores” (Mt 24:6, 8).

Além disso, Cristo mencionou, ao mesmo tempo, acontecimentos ligados à destruição de Jerusalém, em 70 d.C., e ao segundo advento. E como se não bastasse, disse-lhes que ninguém, a não ser Deus, sabe a hora desse evento (v. 36). Jesus concluiu sua exposição, após o pedido por um sinal, com uma admoestação: “Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (v. 42). Ele também poderia muito bem ter dito: “Não se preocupem com o tempo.”



Naquele momento, em Seu sermão, Jesus deixou de lado os sinais e passou a abordar o que mais precisava falar a Seus discípulos que desejavam a chegada do fim o mais rápido possível. A partir do versículo 43, Cristo conta cinco parábolas que se movem progressivamente ao que eles mais necessitavam ouvir, em vez daquilo que mais queriam ouvir (isto é, quão próximo estava o fim).


A primeira parábola (v. 43, 44) apenas lhes orienta a vigiar, uma vez que não conheciam a hora do segundo advento. A segunda (v. 45-51) diz que eles tinham deveres a cumprir enquanto vigiavam e esperavam, e que o tempo demoraria mais do que imaginavam. A terceira (Mt 25:1-13) continua o tema da vinda tardia, ressaltando a necessidade de preparo para o evento. A quarta parábola (v. 14-30) ressalta como eles deveriam se preparar. 

Necessitavam desenvolver e colocar em prática seus talentos com fidelidade. E o clímax das parábolas – a que fala das ovelhas e dos cabritos (v. 31-46) – declara de maneira explícita a natureza essencial do trabalho que deveria ser feito no período de espera e vigilância.


Em outras palavras, Jesus afasta toda a discussão acerca do tempo preciso e a dirige ao “dever presente”. John Wesley, fundador do metodismo, entendeu o que Cristo queria dizer. Quando alguém lhe perguntava o que ele faria hoje caso tivesse a certeza de que Jesus voltaria amanhã, respondia que faria exatamente o que havia planejado.
Senhor, ajuda-nos a reconhecer que estar prontos não significa empolgação, mas o cumprimento de Tua vontade enquanto vivemos neste mundo.

George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 14 Daniel - Reis em Guerra

A TENTAÇÃO DE MARCAR DATAS 4 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 09-04-2015

"E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram". Mateus 25:5

A reação de Ellen White à postura de Bates, em 1851, não foi sua primeira manifestação contrária à marcação de datas. Desde 1845, ela advertia repetidas vezes aos irmãos que o tempo não era mais uma prova e, cada vez que passava uma data sugerida, enfraquecia a fé daqueles que nela haviam depositado sua esperança. Até mesmo sua primeira visão dava pistas de que a cidade poderia se encontrar “muito longe”. Em resposta a sua posição referente à marcação de datas, alguns a acusaram “de ser como o mau servo que dizia em seu coração: ‘Meu Senhor tarde virá’” (PE, p. 14, 15, 22).
Ela tinha certeza de que a terceira mensagem angélica provia um alicerce mais sólido para sua fé do que a marcação de datas. Além disso, ao comentar o assunto das datas, ela sempre afastava os guardadores do sábado da empolgação quanto ao momento marcado, em direção a seu dever presente na Terra. Com o tempo, tal ênfase proveu a justificativa para a criação de instituições que poderiam levar o adventismo do sétimo dia a todos os cantos do planeta. Jesus é claro quanto à questão de marcar datas, em Mateus 24. Por conta disso, Ellen White expõe os problemas ligados a essa prática.

No entanto, adventistas do sétimo dia marcadores de datas continuam em sua tentativa desesperada de manter a empolgação. Lembro-me de 1964. Muitos tinham certeza de que Jesus voltaria naquele ano porque a Bíblia ensinava que “assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem” (Lc 17:26). E Noé não pregara sua mensagem por 120 anos até o dilúvio chegar? Então pronto! Era isso! Os adventistas vinham pregando sua mensagem por 120 anos desde 1844. A “prova” era conclusiva. Jesus retornaria em 1964, provavelmente no dia 22 de outubro.


Então veio o ano 2000, o início do sétimo milênio, o milênio sabático de descanso celestial. Pessoas de todas as partes se empolgaram com isso. Por volta daquele ano, um livro adventista que ficou entre os mais vendidos chegou ao mercado mostrando um relógio indicando poucos minutos para a meia-noite, quando chegaria o Noivo.


É triste o fato de muitos adventistas continuarem vulneráveis à marcação de datas e desligados de seu “dever presente”. Infelizmente, entendem ao contrário a mensagem de Jesus em Mateus 24 e 25.


Ajuda-nos, Senhor, a desejar alimento sólido, em vez de açúcar espiritual
.

George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 13 Daniel - Daniel no Rio Tigre

A TENTAÇÃO DE MARCAR DATAS 3 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 08-04-2015

"Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles". Mateus 25:19
Ontem vimos José Bates lutando com toda força com o aspecto da “tardança” do sermão de Jesus em Mateus 24 e 25. Com base no princípio de uma mancha de sangue por ano, ele determinou que Jesus voltaria em outubro de 1851. Também percebemos que Ellen White questionou Bates, mas ela não havia terminado. Ouçamos um pouco mais.

Na 
Review de 21 de julho de 1851, escreveu: “Vi que alguns faziam tudo para se inclinar para o período do próximo outono, isto é, baseando seus cálculos em referência a esse momento. Vi que isso estava errado, por este motivo: Em vez de ir a Deus todos os dias para conhecer seu dever presente, eles olham para frente e fazem cálculos como se soubessem que a obra terminaria neste outono, sem perguntar a Deus todos os dias qual é seu dever.”

No mês seguinte, Tiago foi bem claro com Bates, afirmando que fora contra seu ensino de datas desde o início, um ano antes. Referindo-se especificamente à teoria do outro pioneiro, Tiago escreveu: “Alguns que espalham tal ensino são por nós muito estimados, e os amamos ‘com todo fervor’ como irmãos. Sentimos que nos demoramos muito em dizer algo que possa magoar seus sentimentos; no entanto, não podemos deixar de dar alguns motivos por que não aceitamos a questão do 
tempo.” Então ele mencionou seis razões que o levavam a crer que Bates estava errado.

O confronto combinado dos White parece ter convencido Bates (que cria no dom profético de Ellen) de que estava errado quanto à questão de datas. Pouco depois, ele e a maioria dos que o haviam seguido abandonaram a ênfase. O resultado foi que, no início de setembro, Tiago pôde constatar que “o tempo de sete anos” não era mais assunto em sua recente viagem pelas igrejas. Alguns, porém, conforme Ellen observou em novembro, se apegaram à expectativa do tempo e se encontravam muito “abatidos e sombrios”, confusos e perturbados (Ct 8, 1851).


A crise das “sete manchas” fez Bates superar a marcação de datas. Depois disso, embora ele considerasse que o fim estava próximo, nunca mais marcou data.


Que pena que alguns de seus seguidores espirituais não entenderam esse aspecto! A tentação de definir datas, com a empolgação resultante e o desapontamento final, continua entre nós. Infelizmente, muitos adventistas estão mais interessados na agitação do segundo advento do que no “dever presente”. As bênçãos de Deus só podem ser esperadas se invertermos nossas prioridades.


Senhor, ajuda-nos a conhecermos hoje o nosso “dever presente”
.


George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 12 Livro Daniel - 2300 Tardes e manhãs e a purificação do santuário - Parte 2

A TENTAÇÃO DE MARCAR DATAS 2 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 07-04-2015

"Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Mateus 24:42

Será que Jesus está certo disso? “Com certeza, deve haver alguma maneira de determinar o tempo, pelo menos para nós, adventistas fiéis.”


Era o que José Bates pensava, em 1850. O fato de o tempo passar certamente o desanimava. Afinal, seis longos anos haviam decorrido desde o desapontamento milerita. É claro que ele conseguiria descobrir a data se trabalhasse duro o bastante. E em 1850, Bates estava certo de que alcançara isso.


Naquele ano, ele escreveu: “Tenho toda convicção de que as sete manchas de sangue no altar de ouro diante do propiciatório representam a duração dos procedimentos judiciais ligados aos santos vivos no lugar santíssimo.”


Muitos de nós já ouvimos falar sobre o princípio bíblico de um dia corresponder a um ano na interpretação profética. Entretanto, Bates criou um método novo: o princípio de uma mancha de sangue correspondente a um ano! Usando sua “nova luz”, ele concluiu que o julgamento pré-advento duraria sete anos e terminaria em outubro de 1851, ocasião em que Cristo voltaria.


Considerando sua influência dentro dos círculos dos guardadores do sábado, Bates logo arrebanhou seguidores desse novo esquema, mas o casal White resistiu à ideia com firmeza.

Em novembro de 1850, Ellen declarou publicamente: “O Senhor me mostrou que o tempo não é uma prova desde 1844 e nunca mais será” (PT, novembro de 1850).

No dia 21 de julho de 1851, quando a empolgação pelo assunto crescia, ela escreveu na
Review and Herald: “O Senhor me mostrou que a mensagem do terceiro anjo deve prosseguir e ser proclamada aos filhos dispersos do Senhor, e que ela não deve se basear no tempo; pois o tempo nunca mais será uma prova. Vi que alguns estavam recebendo uma falsa animação proveniente da pregação sobre o tempo e que a terceira mensagem angélica é mais forte do que o tempo. Observei que essa mensagem pode se firmar em bases próprias, não necessitando do tempo para fortalecê-la, e que ela deve prosseguir em poder a fim de fazer sua obra.”

A igreja de hoje precisa dar ouvidos a esses 
insights. Ao olhar para o adventismo, vejo um povo que esqueceu o poder de sua mensagem. Lembro-me como a impetuosidade do fluxo temporal no Apocalipse mexeu comigo quando o compreendi pela primeira vez quase 50 anos atrás. Os anos não diminuíram seu poder. Uma das maiores necessidades do adventismo atual é recuperar sua mensagem.


George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 11 Livro Daniel - 2300 Tardes e manhãs e a purificação do santuário - Parte 1

A TENTAÇÃO DE MARCAR DATAS 1 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 06-04-2015

"Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos Céus, nem o Filho, senão o Pai. Mateus 24:36

A despeito das claras palavras de Jesus sobre o assunto e da crise milerita na tentativa de marcar a data do segundo advento, era uma constante tentação para os adventistas descobrir a data do advento ou chegar o mais próximo possível disso. Precisamos admitir que é uma possibilidade empolgante, mas o fracasso inevitável tem um efeito perturbador sobre a igreja e seus membros.


Após a falha da predição de que Cristo voltaria em outubro de 1844, parecia natural para os adventistas desapontados continuarem a marcar datas para tal acontecimento com base em diversas profecias. Assim, Guilherme Miller e Josiah Litch passaram a esperar o retorno de Jesus antes do fim do ano judaico de 1844 (isto é, até a primavera de 1845). H. H. Gross, Joseph Marsh e outros projetaram datas em 1846 e, quando esse ano terminou, Gross encontrou motivos para esperar por Cristo em 1847.


Os primeiros adventistas guardadores do sábado não estavam imunes à marcação de datas. Em setembro de 1845, Tiago White acreditava com firmeza que Jesus viria no décimo dia do sétimo mês judaico, em outubro daquele ano. Foi por esse motivo que ele argumentou publicamente que o casal adventista que anunciava seu casamento havia “negado a fé” no segundo advento, uma vez que “tal passo parecia antever anos de vida neste mundo”.


Contudo, “alguns dias antes que passasse o tempo esperado”, relembra Tiago, “eu me encontrava em Fairhaven e Darthmouth, Massachusetts, com uma mensagem sobre esse assunto de datas. Ellen estava com o grupo em Carver, Massachusetts, onde teve uma visão de que nós seríamos desapontados, e os santos deveriam passar pelo ‘tempo da angústia de Jacó’, ainda no futuro. A visão da angústia de Jacó foi algo completamente novo para nós e para ela também”.


Parece que tal experiência curou Tiago White da tentativa de especular sobre a data do segundo advento. No entanto, como veremos amanhã, ela certamente não impediu José Bates.


Os discípulos também queriam que Jesus fizesse isso, como está relatado em Mateus 24, mas Ele Se recusou e continua a Se recusar. Essa é uma lição importante, que precisamos aprender.

George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 10 Livro Daniel - Um Carneiro e um Bode

PRIVAÇÃO FINANCEIRA - MEDITAÇÃO DIÁRIA 05-04-2015

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus". Romanos 12:1

É mais fácil ser um sacrifício morto do que vivo. Pelo menos, com a morte, o sacrifício termina; em vida, porém, ele continua. Foi isso que aconteceu com os fundadores do adventismo.

Conforme já mencionamos, Bates tinha certa riqueza, mas depois de doar tudo para o milerismo, exceto a própria casa, passou o resto da vida em grandes apertos.


No entanto, ele não foi o único. Em abril de 1848, Tiago White escreveu que tudo que ele e Ellen possuíam, “incluindo roupas, lençóis e mobília, cabia em um baú de 90 centímetros, cheio somente até a metade. Nada tínhamos para fazer além de servir a Deus e ir aonde Ele abrisse o caminho para nós”.


Contudo, viajar não era fácil naquela época, principalmente para alguém sem recursos. José Bates, por exemplo, sentiu a forte impressão, no início de 1849, de que era seu dever pregar a mensagem em Vermont. Sem dinheiro, ele decidiu ir andando do sul de Massachusetts até lá.


No entanto, ele não era o único convicto acerca dessa viagem missionária. Sarah, irmã de Ellen White, sentiu a forte impressão de que deveria ajudá-lo, pediu adiantamento de salário para o patrão e ainda resolveu trabalhar a mais, ganhando 1 dólar e 25 centavos por semana, a fim de custear as despesas de Bates.


A viagem deu frutos. Tiago White escreveu que Bates “passou por dificuldades, mas Deus esteve com ele e muito bem foi realizado. Ele instruiu um número considerável de pessoas na questão do sábado, deixando tantos outros convictos a esse respeito”.


Para nós que vivemos em uma época mais próspera, é difícil entender as privações enfrentadas pelos primeiros adventistas para cumprir a missão. Mais tarde, Tiago White comentou que “os poucos que ensinavam a verdade viajavam a pé, na segunda classe de trens ou no convés de barcos a vapor, por falta de recursos”. Ellen White comentou que tais viagens os expunham à “fumaça dos cigarros, […] além do praguejar e da conversação vulgar da tripulação e dos viajantes de camada social inferior” (T1, p. 77). À noite, muitas vezes eles dormiam no chão, em caixas de carga ou sacas de grãos, usando a mala como travesseiro e o casaco como cobertor. No inverno, caminhavam pelo convés para manter-se aquecidos.


E nós imaginamos que temos uma vida difícil, de sacrifícios! Pense mais uma vez. A maioria de nós não faz a menor ideia dos sacrifícios que foram necessários para a consolidação de nossa igreja.


George Knight - "Para não esquecer"

Estudo 9 Livro de Daniel - "O Chifre Pequeno"

MORTE E RESSURREIÇÃO 1 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 31-03-2015

"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem". 1Tessalonicenses 4:13

Algum tempo atrás, vimos como os primeiros guardadores do sábado descobriram as verdades bíblicas acerca do sétimo dia e das duas etapas do ministério de Cristo no santuário celestial, ensinos que integraram a compreensão deles sobre o segundo advento, baseada em Apocalipse 11:19 – 14:20. Essas três “colunas da verdade” se encontravam no centro do adventismo do sétimo dia.

Entretanto, os leitores detalhistas devem ter notado a falta de uma quarta coluna adventista em nossa discussão: aquilo que os adventistas tradicionalmente chamam de “o estado dos mortos”. Precisamos entender como aqueles primeiros guardadores do sábado desenvolveram seu entendimento sobre o inferno e o que acontece com as pessoas quando morrem.


Tais assuntos perturbavam profundamente muitas pessoas. Veja o exemplo da jovem Ellen Harmon, que escreveu: “Em minha mente, a justiça de Deus eclipsava Sua misericórdia e Seu amor. Eu havia sido ensinada a crer num inferno continuamente a arder, e o aterrorizante pensamento que estava sempre diante de mim era que meus pecados eram grandes demais para serem perdoados, e que eu estava perdida para sempre. As assustadoras descrições que eu ouvira sobre os perdidos, marcaram-me profundamente. No púlpito, os pastores pintavam quadros vívidos da condição dos perdidos. […] Depois de torturá-los por milhares e milhares de anos, vagas ardentes levariam à superfície as contorcidas vítimas, que gritariam: ‘Até quando, Senhor, até quando?’ Então a resposta trovejaria no abismo: ‘Por toda a eternidade!’ […]


“Nosso Pai celestial foi-me apresentado como um tirano que se deleitava nas agonias dos condenados, e não como o terno e compassivo Amigo dos pecadores, que ama Suas criaturas com amor que ultrapassa todo entendimento, e que deseja vê-los salvos em Seu reino. […] Quando tomou posse de minha mente o pensamento de que Deus tinha prazer em torturar Suas criaturas, que haviam sido formadas à Sua imagem, uma cortina de trevas pareceu separar-me dEle” (T1, p.23-25).


Nem é preciso dizer que a jovem Ellen era incapaz de conciliar o ensino tradicional sobre o inferno com o amor de Jesus. Contudo, tal pensamento piorava mais as coisas, já que ela temia estar rejeitando a Palavra de Deus, tornando-se, portanto, ainda mais merecedora do inferno do que antes.


Senhor, ajuda nossa mente finita a compreender os ensinos difíceis das Escrituras.

George Knight "Para não esquecer"

Estudo 8 Livro de Daniel - "Quatro Animais Estranhos"

MAIS SOBRE ANNIE SMITH - MEDITAÇÃO DIÁRIA 30-03-2015

"E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram". Apocalipse 21:4

Ontem conhecemos Annie Smith no momento de sua conversão. Pouco depois, ela escreveu para a Review and Herald, em 21 de novembro de 1851: “Creio que deixei tudo para seguir ao Cordeiro onde quer que Ele vá. A Terra perdeu seus atrativos. Todas as minhas esperanças, alegrias e afeições estão concentradas nas coisas divinas, do alto.

“Só quero me sentar aos pés de Jesus e aprender dEle. Nenhuma outra ocupação me interessa além de estar a serviço do Pai celestial. Não encontro nenhum outro deleite além da paz de Deus, que excede todo entendimento.


“Louvado seja Seu nome por tudo que fez por mim. Sinto um doce antegozo das glórias do mundo melhor – uma ânsia por aquela herança – e estou determinada, pela graça de Deus, a superar todos os obstáculos, carregar a cruz e ignorar a vergonha para ter entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.”


Até aquele momento, todas as suas esperanças e ambições se concentravam na carreira do magistério em uma escola secundária. Na verdade, pouco antes de se converter, havia aceitado a oferta de uma posição de prestígio, com um excelente salário. Em suma, em 1851, ela tinha todas as coisas que havia almejado.


No entanto, depois de aceitar a mensagem do advento por intermédio de José Bates, todas as suas ambições mudaram. Ao ouvir que Tiago White precisava de ajuda para editar a Review, ofereceu-se para auxiliá-lo de graça, em troca apenas de casa e comida. Estava empolgada em participar da obra do Senhor, a fim de ajudar outros a aprender sobre o reino vindouro.


Annie trabalhou com Tiago White por três anos, mas uma tuberculose pulmonar lhe ceifou a vida em 1855, aos 23 anos de idade. Um dia antes de sua morte, escreveu o prefácio do poema “Home Here and Home in Heaven” [Lar Aqui e Lar no Céu], agradecendo a Deus a obra que Ele lhe concedera aqui, mas com os olhos voltados para o Céu, à medida que seus dias “deixavam de fluir”.


A vida de Annie pode ter sido curta, mas sua influência perdura, sobretudo por meio de seus hinos e de seu irmão Uriah Smith, a quem sua experiência ajudou a levar para o Senhor, no final do ano de 1852.


Senhor, enquanto medito na vida de Annie Smith, ajuda-me a colocar meus valores e minhas prioridades na ordem certa. Entrego-me para Teu serviço hoje. Muito obrigado pela vida.

George Knight "Para não esquecer"

Estudo 7 Livro de Daniel - "Na Cova dos Leões com Daniel"

SONHOS PROVIDENCIAIS - MEDITAÇÃO DIÁRIA 29-03-2015

"Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles". Apocalipse 21:3

Enquanto refletimos sobre os primeiros hinos adventistas, precisamos nos lembrar da vida curta, mas produtiva de Annie Smith, que contribuiu com três hinos para o Seventh-day Adventist Hymnal – “How Far From Home?” [Quão Longe do Lar?], “I Saw One Weary” [Vi Alguém Cansado] e “Long Upon the Mountains” [Longe nas Montanhas].


A mãe de Annie fora milerita e, em 1851, havia conhecido José Bates e passado a guardar o sábado. Ambos concordaram em orar por Annie, que não tinha interesse nenhum pelo adventismo. Pouco tempo depois, Bates se programou para fazer uma série de conferências perto da casa da moça. A mãe insistiu em que ela comparecesse, mas a filha não se interessou muito. Contudo, talvez para agradar a mãe, Annie concordou em ir.


Na noite anterior à reunião, Bates teve um sonho: todos os lugares estavam ocupados, com exceção de um, próximo à porta. Ele sonhou que mudou o tema que havia planejado, para falar do santuário. Eles cantaram o primeiro hino, oraram e cantaram mais um hino. 

Quando abriu a Bíblia e começou a ler “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”, apontando para o desenho do santuário em seu grande quadro profético, a porta se abriu e uma jovem sentou-se na cadeira vazia. Bates também sonhou que aquela era Annie Smith, por quem ele e a mãe da moça vinham orando. Na mesma noite, Annie teve um sonho praticamente igual. Ela também se viu chegando atrasada, no momento em que o pregador começava a ler Daniel 8:14.


Quando chegou a noite da reunião, Annie saiu de casa com tempo de sobra, mas se perdeu e só conseguiu chegar na hora do segundo hino. Logo, sentou-se perto da porta assim que o pregador começava a ler a passagem com a qual ela havia sonhado.


Bates só lembrou do sonho quando a viu passando pela porta. Quando a reunião terminou, dirigiu-se a Annie, chamou-a de filha da Sra. Smith e contou que havia sonhado com ela na noite anterior. A vida de Annie Smith nunca mais seria a mesma. Naquela mesma noite, ela aceitou a mensagem adventista do sétimo dia.


Deus trabalha de maneiras extraordinárias. E ele continua a fazê-lo nos dias de hoje. Todos nós temos entes queridos que precisam entender melhor sobre o amor e cuidado de Deus. O mesmo Senhor que cuida de nós, vela também por nossos amados. Nunca deixemos de orar por eles!


George Knight "Para não esquecer"

Estudo 6 Livro de Daniel - "A Queda de Babilônia"

MAIS CÂNTICOS DO ADVENTO - MEDITAÇÃO DIÁRIA 28-03-2015

"Os resgatados do SENHOR voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça". Isaías 35:10

Como se pode imaginar, o hinário compilado por Tiago White continha vários cânticos sobre a segunda vinda e o Céu. Contudo, uma vez que a maioria das pessoas já era cristã antes de começar a guardar o sábado, ele parece não ter sentido necessidade de acrescentar muitos hinos sobre a graça e a adoração à majestade de Deus. Estes já eram bem conhecidos. Ao que tudo indica, a seleção de Tiago tinha o objetivo de suprir uma lacuna doutrinária. Alguns eram bem específicos, como o que se chamava simplesmente “Lava-pés”.

Embora “Lava-pés” não tenha chegado à seleção atual do Hinário Adventista do Sétimo Dia, algumas das escolhas de Tiago ainda podem ser encontradas. Meu preferido é “Sou Peregrino e Forasteiro”, número 334. Que tal cantá-lo agora?

Sou peregrino e forasteiro, / Uma noite aqui demoro e nada mais. / Não me detenhas, pois que vou indo / Pra onde há fontes sempre fluindo.

Oh! Quanta glória lá brilha sempre! / Lá está meu anelante coração. / Aqui no mundo escuro e triste / Eu ando errante, e a dor existe.

Lá na cidade pra onde eu sigo, / Meu Senhor, sim, meu Senhor é sua luz. / Lá não há pranto, não há tristeza, / Em tudo há graça, real beleza.

Ó terra triste, eu vou deixar-te, / Mas um dia voltarás à perfeição. / Por Cristo foste criada linda, /

E restaurada serás ainda.

Coro: “Sou peregrino e forasteiro, / Uma noite aqui demoro e nada mais.”

É verdade que nós, adventistas modernos, nos consideramos peregrinos e forasteiros nesta Terra, que só podem se demorar por uma noite? Para muitos de nós, a Terra se transformou em lar. Estamos confortáveis aqui. E gostamos disso. Afinal, pensamos conosco mesmos: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma” (Ap 3:17).

Até que a polícia bata à porta para contar o que aconteceu com nossa filha; ou o médico diga que temos câncer em fase avançada; ou, repentinamente, o cônjuge peça o divórcio. De uma hora para outra, voltamos à realidade. A Terra não é o nosso lar.
Ajuda-me hoje, Pai, a reavaliar as prioridades de minha vida.


George Knight "Para não esquecer"

Estudo 5 Livro de Daniel - "Do Palácio ao Pasto"

HINOS PARA O POVO PECULIAR DE DEUS - MEDITAÇÃO DIÁRIA 27-03-2015

"E entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:3

Quando um movimento cristão começa a tomar forma definida, em geral, desenvolve o próprio hinário. Tiago White se lançou nessa tarefa para o adventismo do sétimo dia, publicando, em 1849, “Hinos Para o Povo Peculiar de Deus, que Guarda os Mandamentos de Deus e a Fé de Jesus”.

É claro que hinos e hinários nunca são neutros. Eles refletem a mensagem mais importante para aqueles que escrevem os cânticos e os compilam. Muitas pessoas aceitaram a doutrina cristã ortodoxa cantando, o mesmo se deu em relação à mensagem adventista no século 19.

Tiago White sabia do poder da música. Ele também reconhecia sua função doutrinária. Assim, não causa espanto descobrir que o primeiro hino da antologia de Tiago se chamava “Santo Sábado”. A mensagem do cântico fala por si só.

A pura e infalível Palavra de Deus, / Fonte sempre segura,/ Seus estatutos, seus preceitos e suas leis / São escritos para a mente pura.

No paraíso […] / A Palavra seria guia garantido. / E se desta lei ele fugisse, / Seu passo por certo acabaria pervertido.

O santo sábado ali foi feito / E Deus o escolheu santificar; / Para nosso Deus obedecer, / Devemos esta ordem praticar.

Tempos depois, quando Moisés vivia, / Esta lei foi ratificada. / E todos quantos seguem a santa Palavra / Podem agora ter a vida santificada.

Ainda mais tarde […] / Ouvimos o profeta dizer: / Atentai, não tema reprovação, […] / Quem ao sábado resolve obedecer.

Pois assim disse o Deus todo-poderoso / Aos que verdadeiramente descansam: / Cavalgarão nos altos da Terra / E entre os salvos serão sustentados.

Aqui estão os perseverantes / Que guardam puros os mandamentos.

Na cidade santa entrarão / Se até o fim se mantiverem atentos. / Então sigamos este caminho, /

Até quando para Canaã voltarmos. / Lá andaremos em ruas de ouro / E naquele descanso permaneceremos.

Uma vez que o hinário de Tiago só trazia a letra, você precisa imaginar como o hino era cantado. No entanto, o poema não deixa dúvidas quanto à mensagem.

George Knight "Para não esquecer"

Estudo 4 Livro de Daniel - "Prova de Fogo"

ATÉ BONS AMIGOS BRIGAM FEIO - MEDITAÇÃO DIÁRIA 26-03-2015

"[Paulo e Barnabé] Tiveram um desentendimento tão sério que se separaram". Atos 15:39, NVI

Eles pareciam a equipe evangelística perfeita, mas problemas podem surgir até mesmo entre bons amigos cristãos. Foi isso o que aconteceu quando Paulo e Barnabé entraram em conflito em relação à adequação de Marcos ao ministério. O resultado foi que ambos seguiram caminhos separados, no que parece ter sido um desentendimento. Entretanto, Deus os abençoou apesar do problema. Ele tinha então duas equipes evangelísticas, em vez de uma só.

O registro dessa desavença me lembra de outra que ameaçou separar dois líderes guardadores do sábado, em 1850. A questão foi a “pequena revista” da visão de Dorchester. Depois da visão, Ellen White disse ao marido – talvez de maneira pessoal – que ele deveria publicar um periódico que acabaria se tornando como “raios de luz clareando o mundo inteiro”.

No entanto, Bates tinha uma opinião diferente quanto ao assunto. Ele tinha certeza de que o periódico de Tiago estava usando dinheiro que deveria ir para o evangelismo. White, por sua vez, achava que eram desperdiçados recursos em outras áreas que poderiam e deveriam ser empregados no custeio da publicação.

Tiago escreveu: “O irmão Bates me escreveu uma carta que me colocou lá embaixo. […] Eu já estava sob forte pressão por causa do fardo que sentia em relação à revista.” No entanto, a carta de Bates piorou as coisas: “o fardo ficou cada vez mais pesado sobre mim” e “decidi deixá-lo para sempre”. “Penso” que a revista “acabará. […] Acho que darei um tempo em tudo por agora.”

A batalha prosseguiu ao longo da maior parte de 1850 e ameaçava destruir o adventismo do sétimo dia. O diabo nunca dorme, amigos. Depois de anos de luta e sacrifício, Bates e Tiago White finalmente tinham uma mensagem para pregar e havia chegado a hora de fazer isso. O movimento não vacilou diante da personalidade pertinaz dos dois líderes. Em seu papel de mediadora dos dois, Ellen White temia que eles acabassem destruindo tudo aquilo que amavam. A boa notícia é que Deus os ajudou a lidar um com o outro e a resolver as diferenças.

As coisas não mudaram muito. A igreja do século 21 continua repleta de personalidades fortes, de indivíduos cheios de opinião própria. E o diabo ainda tenta causar divisão, mas Deus prossegue em Sua iniciativa de conciliar. Nós precisamos estar abertos ao impacto enternecedor de Seu Espírito.


George Knight "Para não esquecer"

Estudo 3 Livro de Daniel - "Uma Estátua Assustadora"

A PUBLICAÇÃO DA MENSAGEM 2 - MEDITAÇÃO DIÁRIA 25-03-2015

"Porque precederás o Senhor, preparando-Lhe os caminhos". Lucas 1:76

Há algo nas mensagens empolgantes que leva as pessoas a quererem compartilhá-las com os outros. Isso se aplica de maneira especial à revelação divina para a humanidade.

Por volta de 1849, os adventistas guardadores do sábado, embora em número reduzido, estavam mais do que ávidos para espalhar sua mensagem por meio da página impressa. Além de lançar The Present Truth, para apresentar a nova compreensão sobre o sábado e a terceira mensagem angélica, Tiago White também começou a publicar, no verão de 1850, aAdventist Review [Revista Adventista], periódico que tentava impressionar os mileritas dispersos com o poder e a veracidade dos argumentos subjacentes ao movimento de 1844.

A abordagem de Tiago era acompanhada de um plano. Ao passo que a Adventist Reviewtinha o objetivo de despertar os mileritas desapontados quanto à verdade da primeira e segunda mensagens angélicas, The Present Truth os incentivava a aceitar a terceira.

Os guardadores do sábado estavam convencidos de ter a mensagem de Deus para os últimos dias. Vemos seu entusiasmo pela mensagem e a disposição ao sacrifício para publicá-la refletidos no primeiro censo geral adventista realizado em 1860. A iniciativa foi liderada por D. T. Taylor, do movimento adventista cristão. O censo identificou 54 mil adventistas de várias vertentes, dos quais cerca de 3 mil guardavam o sábado. O que mais chama a atenção nos números de Taylor é o interesse relativo às publicações pelos diferentes grupos adventistas. Os maiores tinham muitas vezes o número de membros dos guardadores do sábado e sua lista de distribuição de material impresso contava com apenas 5 mil pessoas, enquanto o grupo menor tinha uma lista de 4.300. Taylor fez o máximo para enfatizar que os guardadores do sábado, “embora certamente uma minoria, são muito dedicados, zelosos e ativos na promulgação de seu ponto de vista peculiar acerca do domingo e do sábado”.

Essa era a realidade. Eles tinham uma mensagem para o povo de Deus do tempo do fim e sabiam disso. O dinamismo deles trouxe recompensas. O número de membros entre os guardadores do sábado durante a hora do ajuntamento saltou de cerca de cem, no fim de 1848, para aproximadamente 2.500, quatro anos depois. Outras pessoas, graças ao ministério de publicações, começaram a entender a lógica de sua mensagem.

Deus continua a usar as publicações adventistas para espalhar Sua mensagem. Cada um de nós pode participar dessa obra por meio de recursos e orações.

George Knight "Para não esquecer"
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